(ATUALIZADA) - Os exames realizados nos macacos
mortos em Antonina, no Litoral do Paraná, confirmaram a existência do vírus da
febre amarela em território do Paraná. Os laboratórios do Lacen e Fiocruz-PR
examinaram material coletado há dois dias pelos técnicos da Vigilância
Ambiental da Secretaria de Estado da Saúde na localidade conhecida por Mato
Queimado.
A Secretaria já estava em alerta e tomando todas as
providências porque a região faz divisa com o Estado de São Paulo, onde doze
casos de febre amarela haviam sido notificados em humanos, incluindo seis
mortes. Lá, 32 casos estão em investigação. O Paraná, no entanto, ainda não
registrou nenhum caso da doença em humanos.
A Secretaria da Saúde fez uma série de reuniões
técnicas e capacitações para o pessoal da Saúde dos municípios, reforçando a
necessidade de intensificação da vacina, disponível em todo o Estado. Precisam
ser vacinadas todas as pessoas entre nove meses e 59 anos, onze meses e 29
dias, que nunca tomaram nenhuma dose da vacina.
O diretor-geral da Secretaria, Nestor Werner
Junior, reforça a urgência da vacinação, uma vez que a imunização só é efetivada
depois de 10 dias. Ele lembra ainda que a vacina é a única forma de prevenção
contra a febre amarela.
A Saúde faz novo alerta aos secretários municipais
para que a vacinação seja intensificada. Nos municípios do Litoral e alguns da
Região Metropolitana de Curitiba mais próximos a São Paulo equipes devem
percorrer a área rural para vacinação.
A Secretaria da Saúde recomenda que toda informação
sobre macacos mortos ou ocorrência de casos suspeitos sejam imediatamente
notificados ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde
(CIEVS), que está em plantão permanente. Os telefones são (41) 99117-3500 e
(41) 99917-0444.
Por recomendação da Secretaria da Saúde, o
Instituto Ambiental do Paraná (IAP) proibiu a circulação de pessoas por 15 dias
em todos os parques que fazem parte das Unidades de Conservação Estaduais do
Litoral. A Vigilância da Secretaria da Saúde também já notificou o Ministério
da Saúde.
Fonte: AEN