Dois municípios paranaenses entraram em alerta de
epidemia de dengue na última semana epidemiológica – Itambé (15ª Regional) e
Moreira Sales (11ª Regional). Eles se somam a Uraí e Lupionópolis, que já
estavam em situação de epidemia.
Os casos autóctones (contaminação no próprio
município) aumentaram de 346 para 483, espalhados em 70 municípios. No total,
entre importados e autóctones, o Paraná registra 536 casos (na última semana
eram 391). As notificações, por seu lado, aumentaram 17%, de 9.777 para 11.475
casos suspeitos.
Um dos indicativos para este aumento é o resultado
parcial do levantamento de infestação predial. Entre os 267 municípios que já
realizaram o trabalho, a infestação piorou em 147. O que significa que mais
focos de mosquitos transmissores foram encontrados nos imóveis visitados.
“A população tem um papel importantíssimo no
combate à doença”, afirma a médica veterinária Ivana Belmonte, da Vigilância
Ambiental. O ciclo de transmissão só vai ser interrompido se cada um fizer sua
parte, cuidando de todo tipo de água parada nos quintais e dentro das casas,
por menores que sejam.
A veterinária alerta ainda que o ciclo de
transmissão deve se prolongar até maio, e o atual regime de chuvas complica
bastante a situação, exigindo cuidado redobrado.
Sete municípios apresentaram nesta semana seus
primeiros casos autóctones de dengue, o que confirma a circulação local do
vírus – Santa Izabel do Oeste, Quedas do Iguaçu, Campo Mourão, Icaraíma,
Guairacá, Alvorada do Sul e Bandeirantes.
Também os casos considerados graves da doença
aumentaram – dois em Foz do Iguaçu e dois em Londrina.
O Paraná registrou ainda um novo caso de
chikungunya na cidade de Foz do Iguaçu, mas trata-se de um caso importado; a
contaminação ocorreu no Pará.
CUIDADOS – A população deve limpar os quintais
todas as semanas, para evitar acúmulo de lixo que possa juntar água. Vasos de
plantas também podem conter ovos ou larvas de mosquitos.
Os criadouros estão em qualquer acúmulo de água
parada, por menor que seja; até em tampinhas de garrafa. Mas são encontrados
com maior frequência em lixo, como resíduos plásticos, espalhados pelas ruas. É
preciso atuar ativamente mantendo quintais limpos, sem acúmulo de lixo, pneus,
garrafas, por exemplo; calhas, marquises e ralos.
Os pratos das plantas podem ser completados com
areia grossa até as bordas ou ser lavados com água, bucha e sabão todas as
semanas, para eliminar ovos do mosquito. Locais de armazenamento de água devem
ser mantidos com tampas.
Fonte: AEN