O mercado formal no Brasil apresentou saldo
negativo em março. Foram fechadas 43.196 vagas de emprego, consequência de
1.261.177 admissões e 1.304.373 desligamentos. O resultado, no entanto, não
altera a tendência de retomada gradual da economia, já que no acumulado do ano
(janeiro a março) houve saldo positivo de 179.543 vagas. Os dados são do
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta
quarta-feira (24) pela Secretaria de Previdência e Trabalho do Ministério da
Economia.
O resultado negativo deste mês tem relação direta
ao observado em fevereiro, quando houve saldo positivo de 173.139 vagas, acima
das expectativas. Os setores que normalmente admitiam nesta época do ano
anteciparam as contratações para fevereiro, e aqueles que demitiam concentraram
as demissões em março. O fato provocou tendências opostas entre os meses.
No acumulado do bimestre (fevereiro e março), o
saldo de 129.943 empregos é superior ao verificado em 2018, quando foram
geradas 117.339 vagas formais. Também houve crescimento nos últimos 12 meses,
com a criação de 472.117 postos de trabalho, um aumento de 1,24% em relação ao
mesmo mês do ano anterior.
No mês, houve perda acentuada de vagas no Comércio
(-28.803), seguido da Agropecuária (-9.545), Construção Civil (-7.781),
Indústria de Transformação (-3.080) e Serviços Industriais de Utilidade Pública
(-662). Três setores tiveram resultado positivo em março: Serviços,
Administração Pública e Extrativa Mineral. Nos serviços, foram criados 4.572
empregos, impulsionados pelo subsetor de Ensino, que abriu 11,7 mil vagas, e
pelo de Transporte e Comunicações, que gerou 7,1 mil novos postos. A
Administração Pública teve o segundo melhor resultado para o mês, com a geração
de 1.575 vagas, acompanhada pela Extrativista Mineral, que abriu 528 vagas.
Desempenho regional – O emprego foi positivo em
oito estados: Minas Gerais (5.163 postos); Goiás (2.712); Bahia (2.569); Rio
Grande do Sul (2.439); Mato Grosso do Sul (526); Amazonas (157); Roraima (76) e
Amapá (48). Os maiores saldos negativos foram registrados em Alagoas (-9.636
postos); São Paulo (-8.007), Rio de Janeiro (-6.986); Pernambuco (-6.286) e
Ceará (-4.638).
Entre as regiões, a maior queda ocorreu no
Nordeste, com o fechamento de 23.728 vagas de emprego formal. No Sudeste, foram
encerrados 10.673 postos; no Norte, 5.341; no Sul, 1.748; e no Centro-Oeste,
1.706.
Modernização Trabalhista - Pela modalidade de
trabalho intermitente foram gerados 6.041 empregos, envolvendo 2.216
estabelecimentos e 1.720 empresas contratantes. Esse resultado representa um
aumento de 2.842 mil empregos (88%) na comparação com março de 2018, quando o
saldo foi de 3.199 mil empregos intermitentes. Foram registradas ainda 7.085
admissões em regime de tempo parcial e 4.956 desligamentos, gerando um saldo
positivo de 2.129 postos de trabalho. Ocorreram 18.777 desligamentos mediante
acordo entre empregador e empregado.
Fonte: Secretaria de Trabalho e Economia