O Governo do Paraná deve inaugurar ainda neste ano
três novas penitenciárias, com previsão de abertura de quase 1,1 mil novas
vagas no sistema prisional. As obras da Cadeia de Campo Mourão (382 vagas),
Centro de Integração Social Piraquara (216 vagas) e a ampliação da
Penitenciária Estadual de Piraquara II (501 vagas) devem acabar até dezembro,
segundo projeção da Secretaria de Segurança Pública. Também estão previstas 501
novas vagas na ampliação da Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu I, para
2020.
As novas unidades fazem parte de um pacote de obras
de ampliação da capacidade do sistema prisional do Paraná, que vai ganhar 6,3
mil novas vagas nos próximos anos. No total, são mais nove obras em todas as
regiões. “Herdamos um grande problema de excesso de presos em delegacias que
queremos resolver o mais breve possível”, afirma o governador Carlos Massa
Ratinho Junior. “Vamos usar os recursos federais que estão há anos aguardando a
execução de projetos”.
Com recursos próprios e convênios com o governo federal,
a Secretaria de Segurança Pública vai construir o Centro de Integração Social
de Campo Mourão (216 vagas), a Cadeia de Jovens Adultos de Piraquara (382
vagas), a Cadeia de Londrina (752 vagas), a Cadeia de Guaíra (752 vagas), a
Cadeia de Foz do Iguaçu (752 vagas), e a Cadeia de Ponta Grossa (752 vagas),
além de ampliar a Casa de Custódia de Piraquara (334 vagas), a Penitenciária
Estadual de Piraquara I (501 vagas) e a Penitenciária Industrial de Cascavel
(334 vagas).
Essas obras atendem a determinação do governador de
interromper o problema crônico da superlotação das delegacias do Paraná. Elas
contam, atualmente, com cerca de dez mil internos alojados em espaços
irregulares, o que inviabiliza o adequado tratamento penal e o trabalho regular
da Polícia Civil. Cerca de 53% são presos provisórios.
“Esse é o principal gargalo histórico do Estado,
que se arrasta há anos. Queremos imprimir celeridade a essas obras e buscar
novos recursos no Ministério da Justiça para fazer ainda mais, além de
parcerias com empresas para gestão conjunta”, destaca Ratinho Junior. “Temos
consciência das dificuldades, mas vamos encarar esse problema de maneira
honesta, com muito diálogo com a sociedade e os órgãos do Poder Judiciário”.
RESULTADO CONCRETO - Segundo Francisco Alberto
Caricati, diretor do Depen, o Governo começou a desenrolar um novelo e vai
encontrar resultados concretos dentro de dois ou três anos. “Nós não podemos
fazer mágica, é um trabalho de administração diário. O que nós temos é uma
perspectiva muito otimista em relação a essas obras e do trabalho em parceria
com os órgãos do Poder Judiciário, porque é uma questão que não pode ser
resolvida apenas no âmbito do Executivo”, destaca.
O Estado também busca junto ao Poder Judiciário,
Ministério Público, Defensoria Pública, OAB-PR e demais órgãos da execução
penal implementar medidas que visem a análise mais célere dos processos dos
presos que, eventualmente, já possuam direito à progressão de pena ou outro
benefício, o que diminui o número de detentos nos espaços destinados a custódia
provisória.
DEPEN – O Depen também executa desde o início deste
ano a transição de 37 carceragens que antes eram administradas pela Polícia
Civil e passaram para gestão plena do Departamento Penitenciário. Com a medida,
regulamentada pelo governador Ratinho Junior, 1,1 mil policiais civis foram
liberados para o trabalho de investigação, formalização de flagrantes e demais
atividades de prestação de serviços à população.
Outro foco no Depen é o incentivo à ocupação nas
penitenciárias. O Paraná atingiu em março deste ano a marca de 47,72% dos
presos fazendo algum tipo de atividade educacional. O índice é
consideravelmente superior a fevereiro, quando o Estado fechou com 36,3% e
alcançou o segundo lugar entre as unidades da federação, perdendo apenas para o
Piauí (40%). O Depen tem sob custódia 21.508 presos. Desses, 10.264 praticam
algum tipo de estudo.
HISTÓRICO – Há mais de uma década o Paraná não
inaugura uma única penitenciária, o que impossibilitou durante muitos anos o
cumprimento da lei de execução e a completude do ciclo de repreensão ao crime,
que concentra prisão e atendimento prisional adequado, interrompendo a
reincidência.
OBRAS EM CONSTRUÇÃO
Cadeia de Campo Mourão - 382 novas vagas - obra em
execução com previsão de conclusão ainda para este ano;
Centro de Integração Social Piraquara - 216 novas
vagas - em fase de conclusão ainda para este ano;
Ampliação da Penitenciária Estadual de Piraquara II
- 501 novas vagas - obra em execução com previsão de entrega ainda para este
ano;
Ampliação da Penitenciária Estadual de Foz do
Iguaçu I - 501 novas vagas - obra em execução com previsão de entrega no
próximo ano.
NOVE OBRAS PARA INICIAR
Centro de Integração Social de Campo Mourão - 216
novas vagas;
Cadeia de Jovens Adultos de Piraquara - 382 novas
vagas;
Cadeia de Londrina - 752 novas vagas;
Cadeia de Guaíra - 752 novas vagas;
Cadeia de Foz do Iguaçu - 752 novas vagas;
Cadeia de Ponta Grossa - 752 novas vagas;
Ampliação da Casa de Custódia de Piraquara - 334
novas vagas;
Ampliação da Penitenciária Estadual de Piraquara I
- 501 novas vagas;
Ampliação da Penitenciária Industrial de Cascavel -
334 novas vagas.
Fonte: AEN - Governo do Parná
http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/articl.php?storyid=102281&tit=Governo-do-Estado-vai-abrir-63-mil-novas-vagas-no-sistema-prisional