A Secretaria
de Estado da Saúde promove nesta quarta-feira (29) capacitação de profissionais
na 1ª Regional de Paranaguá para atualização no manejo clínico, assistência e
diagnóstico da febre maculosa – a região já registra cinco casos da doença
neste ano. No Paraná, são sete os casos confirmados e 33 notificações de febre
maculosa desde o início de 2019.
A febre
maculosa é uma doença febril infecciosa transmitida pelo carrapato-estrela,
espécie encontrada com mais facilidade em locais próximos a matas, com umidade
elevada. Este tipo de carrapato também se “hospeda” em animais como bois,
cavalos, capivaras e cachorros e por meio deles entra em contato com as
pessoas.
De acordo com
a Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores da secretaria, a doença foi
confirmada nas Regionais de Saúde de Paranaguá (5), de Jacarezinho (1) e na
Região Metropolitana (1). As notificações ocorreram também nas Regionais de
Cascavel, Campo Mourão, Maringá, Londrina, Cornélio Procópio, Toledo e
Ivaiporã.
FEBRE - A
transmissão da febre maculosa em seres humanos acontece por meio da picada do
carrapato infectado, que adere à pele por um período de quatro a seis horas. Os
casos registrados apontam pessoas que se expõem ou trabalham em áreas de mata,
com prevalência de homens.
Depois de
instalada, a doença apresenta como sinal característico manchas avermelhadas na
pele. Os sintomas são febre alta, dor no corpo, dor de cabeça, náuseas e
vômito. O diagnóstico é feito por exame de sangue e a demora para identificar a
doença pode provocar complicações graves, como hemorragia e comprometimento de
múltiplos órgãos. Outras consequências, ainda, são sequelas neurológicas,
necroses e amputações ou até evoluir para óbito.
A partir da
suspeita da febre maculosa, o caso deve ser notificado às autoridades
sanitárias e iniciado o tratamento com medicamentos disponíveis nos serviços de
saúde.
CONTROLE –
Segundo a enfermeira Aparecida Martins da Silva, da secretaria estadual da
Saúde, o controle químico, com o uso de veneno, é recomendado apenas em
situações especiais e deve ser orientado por profissionais da área porque sua
ação é apenas momentânea e localizada.
“Estamos
percebendo que alguns casos recentes foram notificados em áreas urbanas e
próximas das cidades. Para o controle é preciso roçar os terrenos baldios e
também tratar os animais que entram nas matas e depois retornam para os
domicílios na zona urbana”, alerta a enfermeira.
A recomendação
é para que os terrenos baldios fiquem livres do mato, uma forma de reduzir os
locais de abrigo do carrapato. A área de Zoonoses das secretarias da Saúde do
Estado e dos municípios pode orientar quanto a procedimentos de prevenção e a
eficácia de produtos químicos. No entanto, é responsabilidade do proprietário
da área a contratação de serviços especializado.
Fonte: AEN - Governo Paraná
http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=102335&tit=Secretaria-da-Saude-alerta-para-casos-de-febre-maculosa