A perspectiva de aumento na demanda para os próximos
anos e como os Portos do Paraná estão se preparando para suprir essa
necessidade, mantendo os níveis de qualidade e eficiência, foi o tema abordado
em painel na tarde desta quinta-feira (5), durante o 7º Fórum da Agricultura da
América do Sul, no auditório do Museu Oscar Niemeyer.
A apresentação foi do presidente da empresa pública
Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, que dividiu o espaço e a fala com o
presidente do Movimento Pró-logística, Edeon Vaz, sobre o tema “Logística –
composição multimodal ‘destrava’ escoamento sul-americano”, moderado pelo
representante da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), João Arthur Mohr.
Segundo Garcia, hoje não existe mais produtor refém
de portos para o escoamento dos produtos “a qualquer custo”. Os portos públicos
foram obrigados a também se desenvolverem, buscando a qualidade e a eficiência
no atendimento de seus clientes.
“É o que estamos buscando incansavelmente nos
Portos do Paraná. Já somos reconhecidos internacionalmente; somos 1º, 2º e 3º
lugar em vários segmentos do agronegócio e temos total condições de aumentar,
com excelência, a participação no excedente de pouco mais de 69 milhões de
toneladas que vêm do setor produtivo brasileiro para ganhar o mundo pelos
nossos terminais do Sul do país”, afirma.
O diretor-presidente da Portos do Paraná falou
sobre a participação do Paraná nas exportações nacionais dos grãos, líquidos e
carnes e ainda ressaltou o destaque dos portos de Paranaguá e Antonina nas
importações dos fertilizantes.
“É sempre um desafio acompanhar o desenvolvimento
nos portos e terminais do Arco Norte – isso nos motiva a melhorar sempre. É
mais ainda desafiador estar ao lado do Porto de Santos, sem dúvidas o maior.
Porém, sempre bom destacar que eles (santos) fizeram, em 2018, cerca de 130
milhões de toneladas, em mais de 20 quilômetros de cais. Nós, aqui em
Paranaguá, fizemos 53 milhões, em pouco mais de quatro quilômetros. Isso é
eficiência”, afirma Luiz.
Entre os esforços destacados pelo gestor da empresa
pública para o desenvolvimento dos Portos, ele afirma que estão ocorrendo em
três frentes: investimentos em infraestrutura terrestre, infraestrutura
marítima e na retroárea, com a perspectivas de novos arrendamentos.
“Nosso esforço é diário de sustentar e manter
atrativa a nossa cadeia logística do Paraná. Agora, com a descentralização,
temos condições de seguir um planejamento próprio, visando a melhoria das
condições da retroárea portuária, com cinco novas grandes oportunidades de
novos terminais arrendados, em vários segmentos”, explica Garcia.
Segundo as projeções do último Planejamento
Nacional de Logística Portuária (PNPL), até 2030, os Portos do Paraná devem
movimentar cerca de 60 milhões de toneladas. Gradativamente, até 2060, esse
total deve alcançar o patamar dos 70 milhões (2040), 80 milhões (2054) e 85
milhões (2060).
O evento vai até sexta-feira (6), reunindo
importantes nomes e instituições do Agronegócio de mais de 15 países.