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O menino que se encantou por uma ilha


Nos primórdios a ilha era apenas um sítio, local de muitas chácaras e pouca gente. A travessia do rio Itiberê era feita por  canoas a remo e depois por lanchas. Não havia eletricidade e os caminhos eram escuros; a água vinha dos poços e de bombas manuais. Enfim, tudo era precário, mas imperavam  tranquilidade e segurança. 

Ele foi apresentado à ilha antes de completar sete anos, quando seus pais se mudaram do bairro da Costeira para a ilha fronteiriça à cidade chamada Valadares. Ali ele passou sua infância, juventude e graças a Deus vivência seus anos vitoriosos. 

Sua vida sempre foi simples, mas repleta de felicidades, pois, o local que era pura natureza lhe dava tudo o que necessitava para se sentir gratificado. Sua infância foi uma verdadeira fase de ouro, pois as descobertas do mundo que se abria à sua frente foram preciosas e marcantes para a sua vida adulta. 

O menino tímido e introvertido cresceu rodeado por parentes (tios) e amigos e sempre envolto pelas peripécias próprias da infância; o gosto pela natureza o fizera ser um defensor apaixonado pela ilha, tanto que no início da sua adolescência, esteve à frente do primeiro movimento popular para a formação de uma associação de moradores, juntamente com outros jovens idealistas. Porém sua iniciativa foi mal interpretada e considerada subversiva . No entanto a sua Ideia foi absorvida por outras pessoas e o sonho do menino tornou-se realidade. Anos mais tarde ele chegou à presidência da entidade que viria a se tornar a atual Associação dos Moradores da Ilha dos Valadares (Amiv).


Texto: Clarício Cardoso de Araújo 

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