Quem estava
acostumado com a imagem do Centro de Referência à Dengue com o fluxo enorme de
pacientes hoje se depara com outra realidade. O número de atendimentos reduziu
64%, comparando com a média registrada entre janeiro, fevereiro e março.
Atualmente, são cerca de 180 pessoas atendidas no local, contra aproximadamente
500 nos três meses depois de ter sido anunciada a epidemia da doença na cidade. A notícia positiva, no entanto, não pode servir para que os cidadãos relaxem em relação ao combate ao mosquito transmissor da dengue, o Aedes Aegypti, alerta o prefeito Edison Kersten. “Precisamos continuar vigilantes para combater o mosquito. Temos que continuar verificando em nossos quintais se não há objetos acumulando água, o que pode servir de criadouro para esse mosquito. Esse é um cuidado que devemos continuar mantendo. Combater a dengue é um dever de todos. Toda a sociedade deve estar comprometida com essa batalha”, declarou o prefeito.
A redução no número de atendimentos é resultado de
uma série de esforços desenvolvidos desde o início do ano. Foi a primeira vez
que a dengue afetou Paranaguá e os próprios profissionais de saúde não tinham
conhecimentos sobre a doença, conforme o prefeito. “Hoje atendemos 100% do
protocolo determinado pelo Ministério da Saúde. Separamos os pacientes, com
atendimentos específicos para aqueles de primeira consulta, outros que estavam
no retorno e ainda fazer exames. Houve avanço expressivo na melhoria do
atendimento, com rapidez e qualidade na forma de atendimento”, comemora o
prefeito Edison.
Há duas semanas estão sendo realizados mutirões em
Paranaguá, com agentes de endemias visitando e vistoriando as residências, com
apoio da Secretaria de Estado da Saúde, por meio da 1.ª Regional de Saúde. Além
disso, estão circulando pelos quatro cantos da cidade os carros de fumacê
(aplicando inseticida, matando os mosquitos alados) e feita aplicação de bomba
costal. “Vamos vistoriar 100% das nossas 64 mil residências. Temos que fazer
com que a nossa população mude o seu comportamento em relação ao lixo”,
destacou o prefeito.
Alternativas estão sendo buscadas para diminuir os
casos de dengue na cidade, lembra o prefeito, que implicam em atuar diretamente
contra vetores, como a implantação de mosquitos geneticamente modificados,
também conhecidos como Aedes do Bem. “Estivemos em Piracicaba e em Campinas,
que tiveram experiência com esses mosquitos transgênicos e houve diminuição de
90% do número de casos, não deixando haver a procriação porque o mosquito cruza
com fêmea selvagem e a larva não chega à fase adulta”, explica o prefeito.
Nesta terça-feira (26) o prefeito Edison irá ao
Rio de Janeiro, na sede da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), para acompanhar o
projeto com armadilhas do mosquito. “Estão sendo bem positivas essas
experiências. Na quarta-feira uma equipe da Fiocruz estará em Paranaguá para
ver como pode ser feito o combate, mas tudo isso não pode nos fazer relaxar com
relação ao combate do mosquito, diariamente, em nossas casas”, reforçou o
prefeito.
Vale lembrar ainda que a Prefeitura de Paranaguá
recebeu repasses, no valor de R$ 3,9 milhões, da Secretaria de Estado da Saúde,
que estão sendo utilizados para pagamento dos 109 servidores contratados
temporariamente para trabalhar no Centro de Referência à Dengue. Além dos
recursos para pessoal, tal quantia também está sendo utilizada para compra de
suprimentos. Outros R$ 4 milhões vieram da Administração dos Portos de Paranaguá
(APPA), que serão utilizados para destinação de lixo.
Fonte: PMP
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