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Paranaguá 368 anos: bem vindos à Estação Ferroviária

Produzido por Edye Venancio

Esse era o saguão de entrada da Estação Ferroviária de Paranaguá, construída em 1922, ponto de encontro de muitas personalidades que fizeram a nossa história e de outras que utilizavam esse meio de transporte para se deslocar de Curitiba até aqui. Há muito tempo essa viagem foi interrompida e o que se viu nesses últimos anos foi o pouco caso com esse matrimônio histórico e cultural, que nunca recebeu uma atenção especial daqueles que ocuparam cargos de administrador do município, presidentes das fundações de cultura e turismo ou na câmara de vereadores. Cidadão sensibilizados com a causa, realizaram um abraço simbólico para chamar a atenção dos responsáveis e o que se ouviu dizer que foi destinado uma verba para a sua revitalização e ela encontra-se na Caixa, mas até agora nada desse dinheiro começar a ser utilizado.

Observando essas fotos, você pode pelo menos imaginar como era e como está este que era um formoso local onde muitos se encontravam. Após ser abandonado foi utilizado por usuários de drogas e moradores de rua, além de servir de casa para pombos. Com o passar do tempo, a cobertura veio á baixo e a interdição foi solicitada. A população aguarda para que um dia possa participar da sua reinauguração, mas para isso acontecer tem que haver alguém que tenha pulso firme, que se preocupe com os casarios e a história de uma cidade e que faça acontecer.

Se revitalizar suas praças já está tão difícil (Praças Fernando Amaro, da Paz, dos Leões etc), imagine uma Estação Ferroviária como essa, os casarios da Rua da Praia, Igreja de Nossa Senhora das Mercês na Ilha da Cotinga e outros pontos turísticos abandonados. Ainda bem que temos algumas fotos para relembrar esses locais que muito orgulhou e orgulha os parnanguaras e os turistas. São 368 anos de muitas histórias, precisamos fazer com que Paranaguá jamais se apague da nossa memória e seja apreciada e valorizada pelos nossos filhos e netos.  Uma cidade só será reconhecida quando respeitar e preservar a sua própria história.

Texto e fotos: Edye Venancio



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