A temporada de
captura do caraguejo-uçá começa nessa quinta-feira (1º) no Estado. O Instituto
Ambiental do Paraná (IAP) alerta sobre as precauções e restrições necessárias
para garantir a continuidade da espécie no território paranaense e os cuidados
com o bem-estar dos animais. Até 14 de março de 2017 fica permitida a captura apenas dos indivíduos machos, com carapaça igual ou maior de sete centímetros. Para garantir a perpetuação da espécie, as fêmeas e os animais com dimensões inferiores não podem ser capturados, transportados ou comercializados em nenhuma época do ano.
Por isso, durante esse período, fiscais do IAP e a
Polícia Ambiental irão reforçar as ações de fiscalização em locais onde
historicamente há concentração de pescadores e registros de captura irregular e
infrações ambientais. "É preciso que as pessoas tenham a
consciência de que, apesar de permitida, a captura e o comércio precisam
obedecer critérios e normas de controle para garantir a perpetuação de uma
espécie relevante para a manutenção de um ambiente tão importante para o nosso
ecossistema, que é o mangue”, explica o diretor de Proteção e Emergências
Ambientais, José Antonio Faria de Brito.
A multa para quem desrespeitar as normas varia de R$ 700 a R$ 100 mil por pescador, e mais R$ 20,00 para cada quilo de caranguejo capturado em desconformidade. Além disso, o infrator poderá responder a ação criminal e judicial. A captura é permitida apenas de forma artesanal, feita com as mãos.
Durante as operações de fiscalização, todos os materiais irregulares utilizados serão apreendidos e os animais saudáveis serão devolvidos ao meio ambiente. É proibido o uso de qualquer tipo de ferramenta cortante – como enxadas, facões, foices, cavadeira, cortadeira e outros – de produtos químicos ou armadilhas, como o laço e redes, ou demais meios que possam machucar, matar os animais ou causar danos ao ambiente.
COMÉRCIO - O diretor do IAP ressalta que durante esse período fica proibido no Paraná o transporte e a comercialização do caranguejo processado (inteiro ou em partes) sem a comprovação de inspeção federal, contendo selo e comprovação de origem do produto. “Além de preservar o meio ambiente, evitando a inserção de espécies exóticas no Estado, essa restrição visa proteger a população de qualquer possível disseminação de doenças”, afirma Brito.
ALÉM DO PERÍODO – A partir de 15 de março, e até 30 de novembro do próximo ano, volta a ser totalmente proibida a captura, o transporte e a comercialização dos caranguejos de qualquer tamanho. A proibição ocorre porque esse é o período de defeso do animal, ou seja, de desova e crescimento dos novos crustáceos. Por isso, é fundamental preservar e proteger o seu habitat.
Fonte: AEN
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