Nilton Hang e Beto Bavaresco visitam terreno que abrigará polo de compras no litoral e reforçam que Prefeitura busca soluções dentro da legalidade
Tarde de quinta (27 de março de 2025). Um jatinho executivo com marca da Havan na cauda aterriza no Aeroparque em Paranaguá e chama a atenção de quem passa. “Será o Véio da Havan?”, perguntam curiosos ao ver a aeronave. No hangar perguntando aqui e ali, informações indicam que o ‘cara’ que desceu do avião é o irmão do “Véio”, Nilton Hang, diretor do grupo que veio ver o terreno da nova loja que será construída em Paranaguá.
Chegando ao Jardim Yamaguchi, na Bento Munhoz da Rocha Neto (próximo ao Caic), dá pra ver o movimento das máquinas e equipes de preparação do canteiro de obras. Beto Bavaresco chega de carro com seu primeiro gerente, Vicente Vilaça. Ele e Nilton Hang se cumprimentam como grandes amigos e passam a falar dos modelos idealizados das maiores lojas de seus grupos, ambas a serem construídas em Paranaguá e que devem estar prontas até o final deste ano, gerando em torno de 500 empregos.
PMPguá: Tanto Beto quanto o senhor (Nilton): a retirada do TAP contribui significativamente para a evolução da construção? Nilton Hang: Com certeza. Era uma fase inócua, (agora) um entrave a menos nos trâmites das licenças. Além disso, há outros entraves que acho que a Prefeitura pode trabalhar para desburocratizar mais. Durante o processo alguns pedidos foram feitos e depois comprovamos que não eram tão viáveis. Mas a comissão de Urbanismo tem sido muito coerente, assim como os conselhos, que analisam com atenção o que os investidores trazem e, quando necessário, ajustam o processo.
PMPguá: Beto, e essa questão da retirada do TAP (Termo de Anuência Prévia), como isso refletiu para você como investidor no litoral?
Beto Bavaresco: Acho fundamental. O TAP é válido para certos investimentos, mas, para o nosso setor, era só mais uma burocracia. As licenças já são demoradas, e isso só atrasava ainda mais as obras. Nosso objetivo é oferecer mais opções para a comunidade, gerar empregos e desenvolvimento. Conversei com o prefeito e os secretários, e vi que há interesse em encontrar soluções para agilizar os processos dentro da legalidade. Nos ouviram com atenção, e isso é muito positivo. Algumas exigências, por exemplo, são generalizadas, mas não fazem sentido para todos os setores. No varejo, não geramos resíduos poluentes, então não faz sentido termos as mesmas obrigações que uma indústria.
Nilton Hang: A Havan está presente quase 180 municípios no Brasil e, em nenhum outro lugar, existe essa exigência de audiência pública como aqui. Sei que foi criada pensando na região portuária e nas indústrias, mas deveria haver uma distinção entre os diferentes tipos de negócio. O comércio não pode ser tratado da mesma forma que empresas que geram impacto ambiental.
PMPguá: Qual a expectativa de tamanho da nova loja do Bavaresco e da Havan? Beto Bavaresco: A área de venda será de aproximadamente 4.500 metros quadrados de área de vendas e a área construída total será de nove a 10 mil metros quadrados. Ambas terão praticamente as mesmas dimensões.
PMPguá: E a geração de empregos? Nilton Hang: Serão cerca de 200 a 250 vagas diretas por loja. No total, aproximadamente 500 empregos. Sempre digo que a maior medida mitigatória que podemos oferecer é o emprego. O Brasil precisa de mais postos de trabalho. Se colocarmos mais entraves, menos empresas virão, e isso impacta diretamente no desenvolvimento.
PMPguá: Falando nisso, essa região Sul da cidade tem recebido investimentos importantes. Como vocês vêem esse crescimento?
Beto Bavaresco: O impacto é enorme. Onde abrimos lojas, a região ao redor se transforma completamente para melhor.
Nilton Hang: É nítido o desenvolvimento que a Havan e o Bavaresco trazem. A valorização dos imóveis na área pode chegar a 30% ou 40%.
PMPguá: O novo Bavaresco seguirá o mesmo padrão das outras lojas ou haverá algo especial para essa unidade? Beto Bavaresco: Essa será a maior loja da rede. Fizemos duas lojas grandes recentemente em Ipanema (Pontal do Paraná) e Guaratuba, mas essa será ainda maior. Queremos proporcionar aos clientes de Paranaguá uma experiência diferenciada.
PMPguá: E a Havan? Nilton Hang: A Havan sempre lança sua loja mais moderna na última inauguração. Hoje temos 181 unidades, mas essa, com certeza, será a mais moderna do Brasil no momento da inauguração. A outra loja (Avenida Roque Vernalha) seguirá aberta mantendo os 150 empregos gerados lá. Assim, os clientes terão duas opções de compra. A unidade atual já está saturada e essa nova loja vem para melhorar o atendimento.
PMPguá: Com a retirada do TAP, vocês acreditam que outros empresários devem reconsiderar investimentos em Paranaguá?
Nilton Hang: Com certeza. Vale a pena voltar e tentar, porque a gestão atual está fazendo um bom trabalho para reduzir burocracias. Ainda há desafios, mas estão avançando. A estrutura já está comprada e numerada para montagem. A Havan terá a unidade 186 ou 187.
Beto Bavaresco: Nossa unidade será a 14ª e maior da rede no litoral.
PMPguá: Se tudo correr bem, qual a previsão de inauguração? Nilton Hang: Se conseguirmos o alvará e não houver atrasos climáticos, a meta é inaugurar neste ano. Estamos trabalhando para isso. A Prefeitura tem colaborado e estamos seguindo todas as exigências para viabilizar a entrega no prazo. A expectativa é finalizar a obra até novembro. O corpo técnico da Prefeitura é muito competente. O problema eram normas antigas que não faziam sentido e que agora estão sendo revistas.
Fonte: PMP
Jornalista: Kaike Mello/Alexandre Motta/ Fotos: Moyses Zanardo/ Wilson Leandro
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