A iniciativa da Secretaria Municipal de Esportes e Juventude visa inclusão social por meio do esporte e contou com pintura do prédio e atividades físicas na Escola Municipal Eva Cavani
A Secretaria Municipal de Esportes e Juventude de Paranaguá (Sespor), por meio do projeto Juventude em Ação, realizou no sábado (31) uma ação de revitalização e incentivo ao esporte na Escola Municipal “Profª Eva Tereza Amarante Cavani” — unidade de ensino fundamental voltada à Educação Especial.
A atividade começou com a limpeza, aplicação de massa corrida e pintura da parte externa do prédio. Em paralelo, foi promovido um treino de Goalball, esporte paralímpico adaptado para pessoas com deficiência visual.
O professor de Educação Física Rafael Nascimento Neves, conhecido como “Rafael Bolacha”, é o responsável pelo projeto Goalball em Paranaguá e destacou a importância da iniciativa: “Nós sabemos da importância da atividade física para toda a população e estamos atendendo aqui uma parte que tem muita dificuldade de acesso, que são os deficientes visuais. Então, estamos todo sábado aqui na escola Eva Cavani, trabalhando com cegos e pessoas com baixa visão, com duas modalidades paralímpicas: futebol para cegos e Goalball”, afirmou o professor.
As aulas são oferecidas gratuitamente aos sábados, das 9h às 11h, na própria escola. Rafael explica que o objetivo é aumentar a visibilidade do projeto e atrair novos praticantes: “Muita gente ainda tem medo, receio, já que é algo novo em Paranaguá. E a gente sabe que é importante eles virem aqui, até porque, não só para serem cidadãos incluídos na sociedade, mas também podem ser futuros atletas paralímpicos. Esse projeto é uma parceria com o projeto Maestro da Bola, de Curitiba, que atende todo o estado. Há vários atletas na seleção também. Por isso, é importante que a população tome conhecimento e valorize esse trabalho. Sabemos que é difícil trabalhar com essa população, mas não vamos desistir. Vamos insistir. Quem tem ou conhece algum deficiente visual, a partir de oito anos até 60, 70, pode vir todo sábado de manhã trabalhar com a gente”.
Nicolas Augusto da Silva Cavalcante, um dos participantes, conta o quanto tem aproveitado a experiência: “Eu gosto de participar dessa atividade física, gosto de jogar, correr atrás da bola. Convivo com meus amigos, é muito legal. Quem tiver vontade de praticar, venha fazer parte do nosso grupo, pois temos bons professores nos ajudando”, declarou o jovem atleta.
Já para Marcos Paulo Ferreira Nunes, de 36 anos, o projeto é essencial para a qualidade de vida de quem é deficiente visual: “Sempre bom ter esse tipo de projeto que beneficia a comunidade com deficiência visual. Espero que surjam mais iniciativas como essa, porque além de oferecer atividade física, nos tira de casa. É interessante que haja mais projetos assim na cidade”, afirmou.
Marcos Paulo também aproveitou para elogiar o trabalho dos professores: “Ah, excelente. Eu só tenho a parabenizar pelo empenho e esforço, pela dedicação dele, que está aqui todo fim de semana orientando a gente. Que continue com essa força de vontade aí”, concluiu.
O professor de Educação Física João Paulo Santana, convidado por Rafael para integrar o projeto, também destacou a importância da inclusão: “Para nós é uma satisfação imensa poder proporcionar isso para eles, que não têm essa perspectiva de inclusão no esporte. Queremos trazer isso não só para eles, mas para toda a cidade. Através do esporte, podemos motivá-los a praticar essa modalidade”.
João Paulo reforçou o convite à comunidade: “Reforçamos o convite para todo mundo participar. Estamos aqui todos os sábados pela manhã, junto com o Rafael, divulgando para atrair mais gente e fomentar o esporte na cidade. Esse trabalho utiliza o sentido da audição, e não precisam ter medo. Apenas venham participar e irão gostar”.
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