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Prefeitura de Paranaguá se posiciona contra o PL 733 e reforça apoio aos trabalhadores portuários

Prefeito Adriano Ramos e vice-prefeita Fabiana Parro participam de manifestação e alertam para os impactos sociais e econômicos da proposta que ameaça a exclusividade da mão de obra nos portos


Na manhã desta sexta-feira (13), mesmo sob chuva, o prefeito de Paranaguá, Adriano Ramos, e a vice-prefeita Fabiana Parro participaram de uma grande manifestação em frente ao Porto Dom Pedro II. O ato reuniu sindicatos, trabalhadores portuários e representantes da sociedade civil em protesto contra o Projeto de Lei 733/2025, que propõe o fim da exclusividade da mão de obra nos portos.

“Essa proposta acaba com a exclusividade dos nossos serviços, extingue categorias históricas e precariza o trabalho portuário. Isso vai afetar toda a cidade”, afirmou João Fernando da Luz, o Nando, presidente do Sindicato dos Estivadores de Paranaguá e da Intersindical. Ele também alertou para o impacto na saúde, afirmando que, com a perda da renda sindical, cerca de 20 mil pessoas podem deixar de ser atendidas pelos planos de saúde mantidos pelas entidades de classe.

O prefeito Adriano Ramos também fez um pronunciamento contundente em defesa dos trabalhadores. Segundo ele, o PL 733 ameaça a história e a economia local. “Essa proposta simplesmente exclui os nossos TPA’s — estivadores, arrumadores, conferentes, consertadores, vigias, trabalhadores do bloco — que há mais de 100 anos atendem ao Porto de Paranaguá. Esses profissionais são fundamentais, e o dinheiro que recebem com muito esforço circula na cidade, no comércio, nos pequenos empreendimentos. Não podemos admitir que um projeto dessa natureza, que precariza empregos qualificados, avance no Congresso”, enfatizou.

Ramos lembrou que Paranaguá é referência nacional em eficiência portuária, graças ao trabalho desses profissionais. “Temos a melhor estiva do Brasil. Nosso porto bate recordes ano após ano com o apoio direto desses trabalhadores. Não podemos deixar que tudo isso seja desfeito por uma canetada. Já estivemos em Brasília com a Intersindical e, se necessário, voltaremos. Essa luta é pela defesa da economia local e da dignidade de quem construiu esta cidade”, reforçou.

O prefeito também chamou atenção para o risco de extinção da guarda portuária, destacando o trabalho de excelência realizado pela corporação na segurança do porto. “Não podemos permitir que esse PL acabe também com a guarda portuária. Estamos juntos com os sindicatos e com esses trabalhadores que tanto contribuem para Paranaguá e para o Brasil.”

Durante a manifestação, Fabiana Parro destacou a gravidade das possíveis consequências da proposta para a cidade. “É uma questão muito importante e deixo claro que nós, da prefeitura, estamos ao lado desses trabalhadores. Paranaguá é uma cidade construída por trabalhadores portuários. Essa PL pode afetar diretamente não só esses profissionais, mas também o comércio local e até a saúde pública. Se esses trabalhadores perderem seus empregos e seus convênios, o município terá que absorver essa demanda, o que impactará diretamente os serviços de saúde, como a UPA e os postos. Por isso estamos aqui, mesmo com chuva, caminhando e nos posicionando contra essa proposta”, afirmou.

A Prefeitura de Paranaguá reafirma seu compromisso com a defesa do emprego, da economia local e da manutenção da qualidade dos serviços públicos, em especial no setor portuário, que é pilar essencial para o desenvolvimento da cidade.






























Texto: Jornalista Edye Venancio
Fotos: Moyses Zanardo

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