Daqui a uma semana começa o
horário de verão, quando os relógios deverão ser adiantados em uma hora nas
regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Quem costuma sentir os efeitos da mudança
de horário no organismo deve começar a se preparar desde já, adiantando
gradualmente a hora de dormir. Segundo o médico Marcos Pontes, a adaptação pode
ser feita em um período de cinco a sete dias.
“Orientamos as pessoas a tentarem
acostumar o organismo a dormir uma hora antes, porque o período de adaptação
vai de cinco a sete dias. Aí quando chegar o horário de verão, você já se
acostumou a dormir mais cedo e acordar mais cedo”, diz o clínico geral do
Hospital Santa Lúcia.
Segundo ele, a mudança de horário
altera a ordem temporal interna do nosso corpo, que regula os ritmos de sono e
temperatura. “Com o horário de verão, tendo um desajuste, entra em uma fase de
desordem temporal interna. Então, as pessoas acabam tendo que gerar uma nova
sincronização porque esses ritmos têm fases diferentes.”
As consequências da mudança de
horário no organismo podem ir desde mal estar, dificuldades para dormir,
sonolência diurna e até alterações de apetite. Segundo Pontes, é preciso tomar
alguns cuidados nos dias seguintes à mudança de horário, como evitar dirigir
distâncias longas. “É a mesma coisa de fazer uma viagem de um fuso horário para
outro, tem um período para o organismo se adaptar àquele novo horário”, diz o
médico.
Os idosos e as crianças, por
terem uma necessidade maior de sono e de rotina, podem sentir mais os efeitos
da mudança de horário. “Principalmente as crianças que vão para a escola de
manhã, vão ter que levantar uma hora mais cedo, podem ter uma sonolência maior
pela manhã. Mas isso é uma coisa de hábito mesmo, é só manter aquele ritmo que
o organismo vai se habituar”, afirma Pontes. Uma dica para melhorar a adaptação
é dormir com a janela aberta, para que a luminosidade natural ajude a despertar
mais cedo.
Neste ano, o horário de verão vai
vigorar do dia 16 de outubro a 19 de fevereiro de 2017. O objetivo da medida,
adotada no Brasil desde 1931, é proporcionar uma economia de energia para o
país, com menor consumo no horário de pico (das 18h às 21h), pelo
aproveitamento maior da luminosidade natural. Com isso, o uso de energia gerada
por termelétricas pode ser evitado, reduzindo o custo da geração de
eletricidade.
No ano passado, a adoção do
horário de verão possibilitou uma economia de R$ 162 milhões, segundo o
Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A economia foi possível porque não
foi preciso adicionar mais energia de usinas termelétricas para garantir o
abastecimento do país nos horários de pico. Para este ano, a previsão de
economia é de R$ 147,5 milhões.
Fonte: Agência Brasil
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